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sábado, 26 de maio de 2012

Educação pobre – fator involuntário ou uma necessidade?

Para chegarmos a uma conclusão acerca do assunto ‘Governo, seus meios de comunicação em massa e os objetivos’, necessariamente temos que começar a caminhar pelas entranhas de seus métodos.
Um dos assuntos que mais necessita de atenção, quando se trata dos métodos utilizados pelo Estado para o controle popular, é a educação.
A fraqueza – beirando a debilidade mental e intelectual – do sistema educacional público – e particular – é algo intencional! Ao formar crianças em adolescentes fracos intelectualmente, e, por fim, adultos submissos, o Estado impede que estes, mesmo que explorados, humilhados, acabrunhados, indaguem o porquê disto. Um trabalhador que não teve estudos e, portanto, não tem base cultural para reivindicar seus direitos, vai ser tratado meramente como uma estatística. O pilar da educação é o ensino fundamental, onde a criança deveria aprender não só a adição ou a subtração, mas também a agir de forma sociável, preocupar-se com os verdadeiros valores – tanto familiares, quanto sociais – e, por que não, uma introdução à política? Se um aluno do ensino fundamental já é considerado apto a aprender, mesmo que por cima, sobre sistemas feudais – pura política! –, ele já pode ser considerado apto a ter uma introdução política superficial sobre seu país. A educação é a ferramenta vital à verdadeira democracia. Enquanto o ensino fundamental for regido por interesses elitistas, os adultos serão regidos pelos meios de comunicação em massa.
ENSINO MÉDIO – O problema é maquilado.
Enfim o indivíduo chega ao ensino médio. Agora o problema, que antes era a fraqueza do ensino, transforma-se na ânsia pela aprovação no vestibular ou, na maioria dos casos, na aprovação no ano letivo. E a consciência política fica, mais uma vez, debaixo dos panos. Cito meu desempenho no ensino médio: Fui um bom aluno, mas não em questão de notas. Aproveitei a experiência do ensino médio para aprender sobre a vida. Tirava notas suficientes para passar de ano. Minha recompensa foi gratificante, já que prestava atenção nas aulas com a intenção de crescer o meu eu – “conhece-te a ti mesmo!” –, e obtive sucesso. Entretanto, excluindo as pessoas do meu tipo e as pessoas que estavam estudando para o vestibular – ambos os tipos pensando em seus respectivos futuros –, percebia-se que uma grande parcela estava ali, e em outras escolas, porquanto eram obrigadas. Não tinham perspectivas. Conheci, no ensino médio, pessoas que conseguiam atribuir excelentes notas à consciência política. Mas, até quando nossos jovens serão encurralados em uma educação medíocre e sem perspectivas? Onde estão os projetos? As criações? Os avanços? Temos uma cultura totalmente deturpada e direcionada à manipulação. Quando vamos parar de ser – a sociedade como um todo – mais preocupados com a dupla sertaneja do momento, ou com o reality show que arrebenta com a moral? Quando vamos parar de farrear para, enfim, lutar? Infelizmente, com o panorama atual da educação e da cultura, demorarão mais incontáveis décadas até que comece a mudar.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA – o complemento da Educação Podre
O indivíduo, quando se desvincula da rédea da educação, é tido como uma presa grande e desprotegida pelas mídias. Agora, então com as chances nulas de reversão de sua capacidade intelectual, o indivíduo não tem escolha a não ser trabalhar o dia todo e, ao final da jornada, quando chega à sua casa, liga a televisão no jornal e reclama, de forma irrelevante, dos escândalos que assiste na televisão, porém logo se acalma ao perceber que a novela começou. Esse indivíduo está fadado a uma vida sem grandes anseios.
O estudo minucioso acerca da manipulação do indivíduo pelos meios de comunicação em massa será feita futuramente. A quem ainda não viu, logo nas primeiras postagens deste blog, fiz uma síntese do texto ‘As 10 estratégias de manipulação midiática’, do linguista filósofo Noam Chomsky. É, basicamente, uma prévia do que vem por aí.
(Lucas Fernandes Moreira)

Um comentário:

  1. clap clap clap.
    Tá escrevendo cada vez melhor guri.
    Ótimas ideias. Uma sugestão pertinente: o comodismo com relação ao que é imposto e a ociosidade quando nos momentos de 'revolução'.

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