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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tecnologia e informação (Parte 1)

Como ponto de partida da criticidade deste blog, começarei uma série (curta, média ou longa... previamente IN-definida) a respeito da tempestade de informações, dados, pesquisas, ciências e outras descobertas que nos cercam a cada minuto.

Neste primeiro post, basear-me-ei em um texto redigido por Ruy Castro, na Folha de São Paulo, datado em 05 de Maio de 2007 e chamado "Unplugged".

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CEGAS INFORMAÇÕES

A cada segundo que se passa o almoço bem aproveitado, o cafezinho no meio da tarde, o lanche ao final do dia de expediente tornam-se cada vez mais escassos. O que vemos, a cada dia mais, são pessoas almoçando em restaurantes com um acompanhante ilustre: o notebook. Quando não conectadas via notebook, estão ligadas no celular. Quando conseguem, enfim, livrar-se de informações adicionais durante sua sagrada refeição, entram em ação os IPods, IPads, MP3s, MP4s, IPhones, e todos os mais diversos tipos de reprodutores musicais.

Nosso cérebro, ouvido e estômago sofrem diante de tanta eletrônica presente ao nosso redor. E para quem pensa que isso se restringe apenas às refeições, engana-se. Cada vez mais, em agências bancárias, veem-se jovens 'ratos-de-banco' utilizando seus "instrumentos" musicais para se distrair enquanto as 120 pessoas que estão na sua frente são atendidas. Qual o impedimento de, ao invés de pegar um IPod 4 para ouvir, o jovem pegar um Dom Casmurro, ou mesmo O Alto da Barca do Inferno, para ler? Seria isto motivo de chacota diante de outros jovens presentes? Talvez.

Pode-se usar como um grande ponto de partida racional a passagem de uma música do grupo Capital Inicial, chamada "Não Olhe Pra Trás", onde, na segunda estrofe, terceiro verso, nós encontramos: "Se a inteligência ficou cega / De tanta informação".
Qual o ponto de partida racional que poderíamos espremer dessa passagem?
Simples. A cada minuto somos bombardeados com centenas de notícias cada vez mais globalizadas. A cada minuto a cultura, tanto nacional, quanto internacional, é reprimida com 'modeletes comerciais' impostas pela mídia e aceitas pelo consumidor. As visões críticas da sociedade decaíram com o passar dos anos, na mesma proporção que o domínio midiático aumentou. O senso crítico e revolucionário fora dominado por interesses comerciais. A imposição de um monopólio midiático foi feita com consentimento - beirando a parceria - com os três poderes.

Em 'Tecnologia e informação (Parte 2)', basear-me-ei em um famoso texto de Chomsky para relacionar algumas das maiores estratégias de domínio público sobre a sociedade como um todo.

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