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sábado, 16 de julho de 2011

Tecnologia e informação (Parte 2, início)

Como sequência da série de posts sobre Tecnologia e Informação, e de acordo com o divulgado na primeira parte, aqui vai uma reflexão crítica sobre o texto "10 Estratégias de Manipulação Midiática", de Chomsky.

Começando logo, sem circunlóquios (Carlos Augusto da Silva Júnior).

A primeira, das 10 formas de manipulação, redigida por Chomsky, é:
"A Estratégia da Distração"
O elemento principal é tirar a atenção do público de assuntos realmente importantes, utilizando de tempestades de informações fúteis, insignificantes. "[...] Manter a atenção do público [...] distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real.[...]. Basicamente, manter a população cega, ocupada demais para se envolver com problemas sérios.

A segunda estratégia baseia-se em uma espécie de 'armadilha sem perigo':
"Criar problemas, depois oferecer soluções."
Baseia-se, simplesmente, na criação de problemas/conflitos tendo em vista causar reação popular de grande porte e, com isso, faça-se necessário a aprovação de medidas que, diante de determinada gravidade da situação, mesmo que pareçam absurdas, sejam requisitadas pela própria população.
Ex. de Chomsky: "Criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos."

A terceira estratégia leva em conta a forma de um "conta-gotas" funcionar:
"A Estratégia da Gradação".
Como tornar aceitáveis mudanças radicais que causariam revoluções? Simples, à 'conta-gotas'.
Aplicando-as de forma que se tornem 'diluídas' diante dos olhos públicos, elas se tornam menos notáveis e, assim, menos questionáveis. O neoliberalismo foi adotado, em parte, desta forma. Estado mínimo, privatizações, grande porcentagem de desemprego, tais mudanças causariam uma revolução caso tivessem sido aplicadas em conjunto.

A estratégia de número quatro utiliza a expressão "dolorosa, porém necessária":
"A Estratégia do Deferido".
Promover uma decisão impopular com certo ar de extrema necessidade. Aproveitando a esperança da população que essa decisão seja apenas momentânea, e que tudo poderá ficar melhor no dia seguinte. A aceitação pública em relação à decisão começa a ser maior gradativamente, percebendo-se que não há como voltar atrás.

A mais simples, e talvez mais eficaz estratégia é listada na quinta posição:
"Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade"
Tratando o grande público como crianças em sua publicidade, os "cabeças" intentam a influenciar o sentido crítico do consumidor. Na mais intensa busca por enganar o espectador, a utilização de elementos infantis, pertos da debilidade, é essencial. Em tal estratégia faz-se necessário 'copiar' o que Chomsky reproduziu em seu texto original, retirado do texto "Armas silenciosas para guerras tranquilas": "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade."

(cont.)

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